Chuva de meteoros Líridas foi registrada com imagens impressionantes no céu do Rio Grande do Sul na madrugada desta terça-feira (22).
O fenômeno, um dos mais antigos já documentados pela humanidade, encantou especialistas e astrônomos amadores, e ainda pode ser observado nos próximos dias.
O espetáculo celeste foi captado pelo observatório espacial Heller & Jung, localizado em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, que coordena o observatório, a ocorrência se deve à passagem da Terra pela trilha de detritos deixada pelo cometa C/1861 G1 Thatcher, o que provoca a tradicional chuva de meteoros conhecida como Líridas.
“Os meteoros Líridas são notáveis por sua velocidade e brilho intenso. Mesmo com umidade elevada e neblina durante a madrugada, conseguimos capturar uma média de 12 meteoros por hora em cada câmera”, destacou Jung.
Ao todo, 20 câmeras de monitoramento foram utilizadas para registrar o fenômeno, proporcionando imagens detalhadas com múltiplos rastros de meteoros sobrepostos.
Chuva de meteoros Líridas Brasil
A chuva de meteoros Líridas ocorre todos os anos entre os dias 16 e 25 de abril, atingindo seu pico de atividade em torno de hoje (22) e amanhã (23).
Segundo Andrei Roger de Lima, da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (BRAMON), durante o auge do evento é possível observar de 10 a 20 meteoros por hora, desde que o céu esteja limpo e longe da poluição luminosa.
Fabricio Colvero, do observatório espacial Bate-Papo Astronômico, explica que a chuva Lírida tem registros históricos que remontam a mais de 2.600 anos e que, mesmo sendo composta por meteoros menores em comparação com outras chuvas, ela costuma gerar grandes expectativas pela sua beleza e tradição.
“Já tivemos registros de Líridas em outros anos, mas este está especialmente promissor. As próximas noites devem ser ainda melhores”, afirmou Colvero.
Dicas para observar a chuva de meteoros Líridas:
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Melhor momento: da madrugada de 22 para 23 de abril, entre 2h e 4h.
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Local ideal: regiões afastadas, com baixa ou nenhuma poluição luminosa, como áreas rurais, zonas serranas e parques naturais.
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Condições climáticas: é fundamental conferir a previsão do tempo. Céus abertos e com pouca umidade garantem melhor visibilidade.
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Olho nu: não é necessário equipamento especializado; basta olhar para o céu e ter paciência para ver os meteoros riscando a atmosfera.
Ainda dá tempo de testemunhar esse fenômeno que conecta o presente à história milenar da observação do céu.
Prepare o cobertor, busque um local escuro e aproveite o show da natureza que está apenas começando.
