Lar PolicialPesquisadores marcam peixes e coletam dados científicos dos robalos em Torres

Pesquisadores marcam peixes e coletam dados científicos dos robalos em Torres

por Caroline Barrufi
0 comentários
pesquisadores-marcam-peixes-e-coletam-dados-cientificos-dos-robalos-em-torres

Notícias/Geral

Pesquisadores marcam peixes e coletam dados científicos dos robalos em Torres

Pesquisadores marcam peixes e coletam dados científicos dos robalos em Torres

Por Redação

11 Acessos

Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem

O Projeto Meros do Brasil estará em Torres neste fim de semana (12 e 13/7) no Robalo Master Brasil 2025, campeonato nacional de pesca esportiva. A participação dos pesquisadores da instituição prevê a coleta de dados científicos e a marcação dos robalos pescados durante o evento, trabalho que contribui para a conservação de espécies marinhas. O campeonato ocorre no sábado e domingo, das 8h às 14h, na Marina Paulo Prates. Depois da medição, pesagem e marcação, os peixes são devolvidos ao mar. Até o momento, o projeto Meros do Brasil já mediu 499 robalos nas quatro etapas da competição. Destes, 94 foram marcados com uma tag que possibilita acompanhar o ciclo de vida da espécie.

“Por meio da marcação, é possível acompanhar o deslocamento dos robalos e também o crescimento. Além de coletar informações sobre os peixes, o papel do projeto é dar um suporte técnico-científico ao campeonato”, explica o biólogo Matheus Oliveira Freitas, gerente de Pesquisa do Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O pesquisador ressalta que a ideia também é promover a troca de saberes entre ciência e pescadores, sensibilizar o público participante e difundir as boas práticas na pesca. Este tipo de ação é denominado ciência cidadã — quando a pesquisa ocorre em forma de colaboração, envolvendo o público.

Doutor em Ecologia e Conservação, o biólogo adianta que durante o evento em Torres alguns peixes receberão uma tag na cor verde, para facilitar a identificação da origem ao serem encontrados novamente em outros estados — em São Paulo, foram utilizadas tags amarelas; no Paraná, azuis; e em Santa Catarina, tag na cor verde. “Os robalos não estão em extinção, mas ambientalmente são importantes porque são predadores de topo de cadeia e controlam as populações de suas presas”, detalha o pesquisador, lembrando que a espécie também é um recurso valioso para pescadores.

Publicidade

Os adultos do robalo-peva atingem em torno de 60 centímetros e pesam até 5 quilos, enquanto o robalo-flecha pode chegar a 130 centímetros e pesar até 25 quilos. O robalo é um peixe estuarino marinho, costeiro, de escamas, ósseo, da família Centropomidae, que sobe os rios em busca de alimentos e refúgio. Gostam de águas calmas, barrentas e sombreadas, e costumam ficar próximos ao fundo. A tolerância da espécie à alteração da salinidade está relacionada com o processo reprodutivo, que ocorre no encontro das águas que desaguam dos rios no mar. 

Sobre o Projeto Meros do Brasil (@merosdobrasil)

O Projeto Meros do Brasil surgiu em 2002, a partir de uma demanda da sociedade civil (mergulhadores/pescadores) que começou a observar o desaparecimento dos meros em pontos onde antes eram avistados. As ações do projeto estão voltadas para a conservação da biodiversidade da fauna e flora marinha por meio da pesquisa científica, educação ambiental, comunicação e cultura em 14 estados, sempre com foco no envolvimento das comunidades locais, valorizando o seu conhecimento, e toda a sociedade.

O mero, peixe marinho que dá nome ao projeto, é uma das maiores espécies de peixes ósseos. É encontrado em águas tropicais e subtropicais do Oceano Atlântico, desde a Carolina do Norte, nos EUA, até o Sul do Brasil. A captura, transporte e comercialização de meros é proibida no Brasil desde 2002. Esta proteção é garantida através da Portaria MMA Nº 148, de 7 de junho de 2022. 

Campeonato de pesca esportiva (@robalomaster)

O Robalo Master Brasil 2025, evento que vai eleger o melhor pescador de robalo do País, teve quatro etapas classificatórias. Começou no Rio Grande do Sul e passou por Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Neste fim de semana (12 e 13/7), volta ao estado para a realização da final do campeonato, em Torres. Doze pescadores irão disputar o título de campeão nacional. 

A prova, realizada no sistema pesque e solte, incentiva o desenvolvimento da pesca esportiva por meio da conscientização ambiental de participantes. A pesca acontece na modalidade de arremesso com iscas artificiais, sendo vedado o uso de iscas naturais e vivas.

FONTE/CRÉDITOS: Projeto Meros do Brasil

Postagens relacionadas

Quem Somos

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

Portal Folha do Litoral @ 2025 – Todos direitos reservados.