A Polícia Civil confirmou, por meio de exame de DNA, a identidade da mulher assassinada e esquartejada em Porto Alegre no mês passado. A vítima é Brasília Costa, de 65 anos, conhecida como Bia, que teve partes do corpo deixadas dentro de uma mala na Estação Rodoviária da Capital em 20 de agosto.
Natural de Arroio Grande, no Sul do Estado, Brasília morava na zona norte de Porto Alegre, onde trabalhava como manicure. A polícia acredita que Brasília tenha sido assassinada no quarto da pousada onde o casal vivia.
O autor apontado pelo crime é Ricardo Jardim, de 66 anos, preso preventivamente na última quinta-feira (4). Ele tem histórico criminal: foi condenado em 2018 a 28 anos de prisão por assassinar a própria mãe e esconder o corpo dentro de um móvel, no bairro Mont’Serrat, em Porto Alegre.
Em 2023, recebeu o direito à progressão de regime e, no início de 2025, passou a ser considerado foragido.
De acordo com o relato de familiares, Brasília e Ricardo se conheceram durante o período da enchente, quando estavam em um abrigo da Capital. O relacionamento teria terminado em outubro, mas o casal reatou há cerca de cinco meses.
Conforme a investigação, o investigado usou o celular da vítima para enviar mensagens após o crime, fingindo que ela ainda estava viva. A tática teria impedido que familiares suspeitassem do desaparecimento.
Novas partes do corpo da vítima foram encontradas neste fim de semana
Além dos restos mortais localizados na mala, partes humanas haviam sido achadas anteriormente em sacos plásticos no bairro Santo Antônio. Um exame genético do IGP (Instituto-Geral de Perícias) confirmou que os restos pertencem à mesma vítima. O DNA de Ricardo Jardim também foi encontrado nos sacos usados para ocultar o corpo.
No sábado (6), uma perna foi encontrada boiando no Guaíba, no Ipanema. No domingo (7), outros restos humanos apareceram na orla, na área do Pontal. A polícia suspeita que sejam segmentos do mesmo corpo, mas a confirmação depende de novas perícias.
O crânio da vítima ainda não foi localizado. E a polícia trabalha com a hipótese de que o suspeito tenha tentado dispersar partes do corpo em pontos diferentes da cidade.
Polícia ainda apura como ocorreu a morte
As autoridades ainda tentam esclarecer de que forma Brasília foi morta. A principal suspeita é de que o criminoso tenha usado um sedativo ou sufocado a vítima, impedindo que ela reagisse ou pedisse socorro.
O conteúdo do celular da vítima e de outros dispositivos apreendidos com o investigado será analisado pela perícia nos próximos dias.