Mais de 1.944 áreas de risco alto e muito alto foram mapeadas em 95 municípios do Rio Grande do Sul, conforme estudo do SGB (Serviço Geológico do Brasil). O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, aponta que cerca de 564 mil pessoas vivem nessas áreas vulneráveis, onde também há 154 mil imóveis em risco potencial.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (25) durante cerimônia oficial em Porto Alegre. A ação foi financiada por crédito extraordinário do governo federal, como parte das medidas emergenciais após as enchentes de 2024.
As prefeituras e defesas civis municipais já receberam os relatórios individualizados. Os documentos estão disponíveis na página do SGB.
“Esperamos que os produtos auxiliem os municípios para busca de soluções para minimização da população aos riscos geohidrológicos e a defesa civil na tomada de decisão durante os eventos extremos”, enfatizou a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial, Alice Castilho.
Áreas de risco
Cidades como Caxias do Sul (145 áreas de risco), Nova Petrópolis, Gramado e Veranópolis (68 cada), Igrejinha (49) e Encantado (45) estão entre as mais atingidas pelo mapeamento. Também aparecem com destaque no levantamento Rolante, Maquiné, Estrela, Três Coroas e Novo Hamburgo.
As análises identificaram sinais como trincas no solo, árvores inclinadas e muros instáveis. E indicaram medidas de prevenção como monitoramento geológico, drenagem fluvial e ordenamento territorial. Os dados devem subsidiar a tomada de decisões em futuras situações de emergência.
