Além do primeiro caso confirmado de intoxicação por metanol, o Rio Grande do Sul ainda tem três ocorrências sob investigação. Eles ocorreram nos municípios de Novo Hamburgo, Porto Alegre e Passo Fundo, além de outros três casos descartados.
Confirmado
Homem, 42 anos, de Porto Alegre: consumiu caipirinhas de vodca em São Paulo (SP) no dia 26/9. Apresentou sintomas como febre, dor abdominal e dor de cabeça entre 12 e 24 horas após o consumo. Também relatou visão turva e alteração na percepção de cores. De volta ao Rio Grande do Sul, foi atendido na emergência do Hospital São Lucas da PUCRS no dia 30/9, onde recebeu tratamento e foi liberado.
Em investigação
- Homem, 21 anos, de Novo Hamburgo
- Homem, 23 anos, de Porto Alegre
- Mulher, 20 anos, de Passo Fundo
Descartados
- Homem, 45 anos, de Nova Santa Rita
- Homem, 38 anos, de Porto Alegre
- Homem, 84 anos, de Santa Maria
O que o governo está fazendo
O governador Eduardo Leite determinou a criação, na sexta-feira (3), de um comitê intersecretarial, envolvendo as secretarias da Saúde, da Segurança e da Agricultura. O objetivo é acompanhar, de forma intensiva, eventuais futuros casos suspeitos de bebidas contaminadas por metanol no Rio Grande do Sul.
Principais sintomas (podem surgir entre 12 e 24 horas após ingestão):
- dor abdominal;
- visão alterada;
- confusão mental;
- e náusea.
- a manutenção dos sintomas de embriaguez de 6 a 72h após o início dos sintomas caracteriza suspeita de intoxicação por metanol
Esses sinais podem ser confundidos com os de uma ressaca comum. Por isso, ao identificá-los, a pessoa deve procurar imediatamente atendimento médico em uma unidade de emergência.
Na chegada ao serviço de saúde, é essencial informar:
- que houve consumo de bebida alcoólica;
- o contexto (por exemplo, festa, bar, evento);
- o tipo de bebida ingerida;
- a presença ou não de rótulo na embalagem;
- o horário aproximado da ingestão.
Essas informações ajudam na investigação, no diagnóstico e no tratamento adequados.
Como saber se você está comprando um produto genuíno
- Tampa e lacre: evite produtos com lacre rompido, amassado ou sem selo de controle (IPI).
- Líquido: desconfie de bebidas com cor estranha, resíduos ou nível de enchimento irregular.
- Rótulo: cuidado com erros de grafia, impressão de baixa qualidade, desalinhamento ou ausência de informações em português.
- Preço: se estiver muito abaixo do praticado, suspeite.
- Local de compra: prefira estabelecimentos regulares e exija sempre a nota fiscal.
Descarte correto de embalagens
O descarte correto ajuda a combater o mercado ilegal. Uma dica é separar a tampa (plástico/metal) e descartar os dois separadamente, além de rasgar ou remover o rótulo. As garrafas podem ser destinadas para pontos de coleta e locais de reciclagem autorizados.