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Consumo das famílias de Porto Alegre atinge pior nível desde 2010

por Agora RS
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A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) de Porto Alegre registrou, em agosto de 2025, o pior nível desde o início da série histórica. O levantamento é da Fecomércio-RS. O índice caiu para apenas 50,8 pontos, o que representa uma queda de 2,4% em relação a julho e de 14,1% na comparação com agosto de 2024.

O estudo, elaborado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) e analisado regionalmente pela Fecomércio-RS, aponta que valores abaixo de 100 pontos indicam percepção pessimista. Os dados são coletados nos dez dias que antecedem o mês de referência.

Conforme o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, o cenário atual indica forte cautela das famílias nas intenções de consumo. Isso mesmo com um mercado de trabalho que sustenta a renda em alguma medida.

“O resultado de agosto renovou a mínima histórica do indicador. O espaço para avanços adicionais é bastante limitado, o que se soma a um cenário de crédito mais caro e restrito, reforçando a leitura de um quadro com maior moderação do consumo à frente”, afirmou Bohn.

Crédito difícil e consumo em retração

A maior retração foi registrada no item “momento para compra de bens duráveis”, que caiu para apenas 7,6 pontos – o menor patamar já registrado. Mais de 96% dos entrevistados afirmaram que este não é um bom momento para adquirir produtos de maior valor, como móveis e eletrodomésticos.

O indicador de “nível de consumo atual” também caiu, atingindo 39,2 pontos, o menor valor desde fevereiro de 2017. A maioria das famílias (71,1%) relatou estar consumindo menos do que no mesmo período do ano passado.

No campo do crédito, o índice ficou em 79,0 pontos, com queda de 5,4% frente a julho, apesar de pequena alta interanual. Conforme a Fecomércio-RS, isso indica que o acesso ao crédito continua restrito.

Percepção profissional e renda pioram

A “perspectiva profissional” foi outro dado alarmante: recuou 9,9% no mês, alcançando 10,7 pontos, o menor valor da série histórica. Embora o subíndice de “emprego atual” tenha subido 4,5%, chegando a 80 pontos, a Fecomércio destaca que isso reflete mais uma estabilidade do que uma melhora efetiva.

A “situação de renda atual” ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,2% na comparação com agosto do ano passado.

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