A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9), a Operação Abuso de Confiança, que investiga um esquema de estelionato envolvendo uma funcionária de um escritório de advocacia de Porto Alegre. Os crimes teriam ocorrido entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, com prejuízo de R$ 334 mil.
A ofensiva, coordenada pela Dicesp/DERCC (Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais), cumpriu mandados de busca e apreensão em Canoas. Durante as ações, houve a apreensão de um terreno, um veículo e diversos equipamentos eletrônicos.
Conforme a investigação, a ex-funcionária teria fraudado o sistema bancário do escritório para realizar transferências via PIX a um cúmplice. Ao todo, ocorreram dez transações autorizadas por um dos sócios, que desconhecia a fraude. Para encobrir o golpe, a suspeita teria utilizado notas fiscais canceladas e manipulado o fluxo de pagamentos internos.
A fraude só foi descoberta após uma notificação da Receita Federal e uma auditoria interna, de acordo com a Polícia Civil. A funcionária, que recebia salário de R$ 6 mil, passou a apresentar sinais de enriquecimento, como viagens internacionais e a compra de um terreno de mais de R$ 300 mil em Cachoeirinha.
Ela e o cúmplice estão sob investigação por estelionato e associação criminosa. A Polícia Civil confirmou que ambos residem em Canoas e mantinham vínculos nas redes sociais. A investigação, no entanto, prossegue para aprofundar a análise de vínculos financeiros e movimentações patrimoniais.
