A MPB (Música Popular Brasileira) passa a ter oficialmente dois patronos: Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha.
A Lei nº 15.204, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está publicada na edição sexta-feira (12) no Diário Oficial da União. O texto também leva a assinatura das ministras Margareth Menezes (Cultura) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).
O título de Patrono é atribuído a brasileiros mortos há pelo menos 10 anos que tenham se destacado por excepcional contribuição ou especial dedicação ao segmento homenageado.
Lupicínio Rodrigues
Nascido em Porto Alegre em 16 de setembro de 1914, Lupicínio é reconhecido como criador do estilo “dor-de-cotovelo”, marcado por canções sobre desilusões amorosas. Entre suas composições mais conhecidas estão “Felicidade” e “Nervos de Aço”, eternizadas por intérpretes da música brasileira.
Sua primeira canção, “Carnaval”, foi composta aos 14 anos. O sucesso nacional veio com “Se acaso você chegasse”. O gaúcho compôs cerca de 150 músicas, foi autor do hino do Grêmio e conciliou a boemia com a vida familiar e empresarial. Morreu aos 59 anos, em 1974, em decorrência de complicações cardíacas.
Pixinguinha
Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro em 4 de maio de 1897. Maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador, é considerado um dos principais nomes da música brasileira. Lembrado pela consolidação do gênero choro e por ter influenciado a MPB moderna. Entre suas obras estão “Carinhoso”, “Rosa” e “Lamentos”.
Pixinguinha integrou ainda jovem o grupo Os Oito Batutas, que levou o choro a palcos nacionais e internacionais. Trabalhou como arranjador na RCA Victor e criou trilhas para cinema. Morreu em 17 de fevereiro de 1974, mas sua obra continua a inspirar músicos e ouvintes.