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Meningite meningocócica: entenda sintomas, transmissão e prevenção

por Agora RS
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A meningite meningocócica, doença infecciosa de rápida evolução e alta gravidade, já provocou sete mortes em Bento Gonçalves em 2025, até o mês de setembro. Causada pela bactéria Neisseria meningitidis, a infecção pode levar à morte em menos de 24 horas e deixar sequelas permanentes em pacientes que sobrevivem.

O município da Serra gaúcha contabiliza 47 casos neste ano. O número se aproxima do total de 2023 (45 casos e 8 óbitos) e supera os registros de 2024 (53 casos e 7 óbitos). Na semana passada, a SES (Secretaria Estadual da Saúde) emitiu um alerta de surto para a região da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, que inclui Bento Gonçalves.

A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva, espirros, beijos ou pelo compartilhamento de objetos, como copos e talheres. Embora crianças menores de 5 anos sejam mais vulneráveis, a doença pode atingir todas as faixas etárias. Estima-se que até 23% dos adolescentes e adultos jovens sejam portadores assintomáticos da bactéria — ou seja, podem transmiti-la mesmo sem apresentar sintomas.

Sintomas podem atrasar diagnóstico

Nos estágios iniciais, a meningite meningocócica costuma causar febre, dor de cabeça, irritabilidade, náusea e vômito — sintomas comuns a outras infecções e que dificultam o diagnóstico precoce. Com o avanço do quadro, surgem sinais mais característicos, como rigidez na nuca, manchas arroxeadas na pele, sensibilidade à luz, confusão mental e convulsões. Em casos graves, pode evoluir para choque séptico e falência múltipla de órgãos.

Segundo a farmacêutica e imunologista Ana Medina, gerente médica de vacinas da GSK, a letalidade da doença no Brasil gira em torno de 24%, podendo atingir até 50% dos casos não tratados. Entre os sobreviventes, até 20% podem ter sequelas graves, como perda auditiva, amputações ou danos neurológicos permanentes.

Vacinação é a principal forma de prevenção

A maneira mais eficaz de prevenir a meningite meningocócica é por meio da vacinação. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente:

  • Vacina meningocócica C: aplicada em crianças aos 3, 5 e 12 meses de idade;
  • Vacina ACWY: disponível como dose única ou reforço para adolescentes de 11 a 14 anos.

Na rede privada, também há vacinas que cobrem os sorogrupos A, B, C, W e Y. As sociedades médicas recomendam esquema completo para crianças e reforços durante a adolescência, incluindo a vacina meningocócica B.

Além da imunização, medidas como manter ambientes ventilados, evitar aglomerações e reforçar a higiene pessoal ajudam a reduzir o risco de transmissão.

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