A NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) confirmou oficialmente a La Niña 2025, fenômeno climático que altera padrões de chuva e temperatura em diversas partes do mundo. O anúncio foi feito na quarta-feira (9), com base nos dados do CPC (Centro de Previsão Climática).
O relatório indica que o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial já caracteriza uma La Niña fraca, com ênfase na região conhecida como Niño 3.4. O documento da NOAA é baseado em análises mensais de anomalias térmicas, ventos e pressão atmosférica.
De acordo com o CPC, o fenômeno permanecerá dominante até o fim de 2025, com enfraquecimento previsto a partir do primeiro trimestre de 2026.
Desde março de 2025, o Pacífico apresentava condições neutras, ou seja, sem a presença de La Niña ou El Niño. A mudança recente foi captada tanto pela NOAA quanto pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), que já alertava para o surgimento do fenômeno.
Como a La Niña afeta o Brasil
Embora classificada como fraca, a La Niña 2025–2026 pode gerar mudanças perceptíveis nos padrões climáticos do país. Eventos anteriores servem de referência para os impactos esperados:
- Nordeste e Norte: tendência de chuvas mais regulares;
- Sul do Brasil: risco elevado de estiagens, como as que ocorreram entre 2020 a 2023;
- Centro-Oeste e Sudeste: temperaturas mais amenas.
No caso do Rio Grande do Sul, há possibilidade de deficiência hídrica nos próximos meses, o que pode afetar a agricultura e os reservatórios.