Porto Alegre e Rio Grande do Sul – A Prefeitura de Porto Alegre apresentou, nesta sexta-feira (14), o resultado das finanças públicas de 2024. Foram R$ 569 milhões em despesas e renúncias voltadas ao enfrentamento das enchentes de maio.
“O ano foi marcado pelos desafios impostos pela maior calamidade climática já enfrentada pela Capital. As chuvas de maio do ano passado impactaram diretamente a execução orçamentária e exigiram redirecionamento de recursos e uso de reservas acumuladas ao longo dos últimos anos”, disse a prefeitura em comunicado.
O total de prejuízos com a calamidade soma R$ 801 milhões, sendo R$ 589 milhões em despesas e R$ 212 milhões em renúncias envolvendo IPTU e suspensão da cobrança de água pelo Dmae. Deste total, cerca de 30% são de aportes da União e do Estado. Foram R$ 201 milhões repassados pela União, R$ 29 milhões pelo Estado e R$ 2 milhões em doações.
A secretária municipal da Fazenda, Ana Pellini, argumenta que a necessidade de fazer frente às despesas extraordinárias, afetou gravemente as contas.
“Nos últimos anos, o município vinha mantendo o equilíbrio das contas públicas, fruto de uma gestão fiscal responsável. No entanto, a calamidade climática de 2024 impôs um cenário completamente diferente, exigindo medidas emergenciais que comprometeram a saúde financeira de Porto Alegre”, explica Pellini.
Outros dados
O Dmae também teve déficit, no valor de R$ 287 milhões, segundo a prefeitura por atuar em uma das áreas mais impactadas pelas chuvas. Assim, as receitas do Tesouro Municipal ficaram em R$ 7.278 bilhões, enquanto as despesas em R$ 7.421 bilhões, resultando em déficit de R$ 143 milhões.
