Porto Alegre registrou em agosto a terceira cesta básica mais cara entre as 27 capitais brasileiras. O levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou que o custo médio na capital gaúcha foi de R$ 811,14 — atrás apenas de São Paulo (R$ 850,84) e Florianópolis (R$ 823,11).
A capital com o menor custo foi Aracaju (SE), onde a cesta básica saiu por R$ 558,16. A diferença entre Porto Alegre e Aracaju chega a R$ 252,98.
Mesmo com o alto valor, Porto Alegre vem apresentando uma estabilidade, com queda de -2,32% em relação a julho. Essa redução foi impulsionada, principalmente, pela diminuição nos preços do tomate (-22,06%) e da batata (-11,24%).
Outros itens com retração nos preços foram o feijão preto (-3,37%), café em pó (-1,60%), leite integral (-0,89%) e manteiga (-0,24%).
Reduções acumuladas em 2025
Desde dezembro de 2024, a batata acumula queda de -36,19% em Porto Alegre. O feijão preto recuou -30,54%, o arroz agulhinha -20,40%, a banana -5,18% e o óleo de soja -3,07%.
Nos últimos 12 meses, os preços médios da batata caíram -46,69%. Também houve queda no feijão preto (-24,70%), arroz agulhinha (-21,75%), banana (-7,15%) e farinha de trigo (-4,24%).
Queda nos preços em quase todas as capitais
A pesquisa apontou redução no valor da cesta básica em 24 das 27 capitais brasileiras. As quedas mais expressivas ocorreram no Nordeste: em Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4%) e Natal (-3,73%).
A pesquisa é fruto de uma parceria entre Conab e Dieese, que ampliaram a coleta de preços para todas as capitais do país, como parte das políticas de abastecimento alimentar e segurança nutricional.